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quarta-feira, 14 de abril de 2010
DEFESA DA AGÊNCIA DM-9 NO CONAR (CASO DAS TESOURINHAS DO MICKEY)
Seguem partes da defesa feita pela agência DM-9, em resposta a denúncia feita no CONAR - CONSELHO DE AUTORREGULAMENTAÇÃO PUBLICITÁRIA sobre o anúncio que ficou conhecido pelas crianças como "Eu tenho, você não tem":
É só um "eu tenho" e "você não tem".
"É uma colocação.
Nada impede que uma criança ao assistir ao filme diga: "eu não tenho porque não quero" ou "eu não tenho porque não gosto de ratos".
Tudo é possível nesta faixa etária.
Raphael Sampaio comenta o comercial na Revista ABOUT nº 200, de 30/06/92, dizendo: "... e terá como tema a frase "Só você ainda não tem". Está programada, para uma primeira fase, a veiculação de dois comerciais (onde as crianças, com carinhas de sapeca, provocam o telespectador: "eu tenho, você não tem"... Nada de agressão. (doc.1)
O comercial também não estimula um comportamento anti-social na criança. Longe disso.
O filme retrata o comportamento infantil, levando através da pesquisa...
Não é o comercial que leva a criança a agir desta forma.
4. O comercial apenas retrata as crianças que, naturalmente, todos os dias e em todas as casas, agem assim. Porque a propaganda não é condicionante.
Não é determinante.
Neste sentido, lembramos a colocação cristalina de Caio Domingues que numa palestra sobre "Código de Defesa do Consumidor", bem ponderou à platéia que a propaganda não impõe comportamentos à sociedade, porque a propaganda simplesmente espelha o comportamento da sociedade.
Ela flagra este comportamento.
Portanto, é profundamente contraditório punir o anúncio que retrata um comportamento que é, realmente, da sociedade. Existe na sociedade. Não é criado pelo anúncio."
Fonte: Site do Conar (http://www.conar.org.br/html/decisoes_e_casos/casos/cad4criancas_cas33.htm)
É só um "eu tenho" e "você não tem".
"É uma colocação.
Nada impede que uma criança ao assistir ao filme diga: "eu não tenho porque não quero" ou "eu não tenho porque não gosto de ratos".
Tudo é possível nesta faixa etária.
Raphael Sampaio comenta o comercial na Revista ABOUT nº 200, de 30/06/92, dizendo: "... e terá como tema a frase "Só você ainda não tem". Está programada, para uma primeira fase, a veiculação de dois comerciais (onde as crianças, com carinhas de sapeca, provocam o telespectador: "eu tenho, você não tem"... Nada de agressão. (doc.1)
O comercial também não estimula um comportamento anti-social na criança. Longe disso.
O filme retrata o comportamento infantil, levando através da pesquisa...
Não é o comercial que leva a criança a agir desta forma.
4. O comercial apenas retrata as crianças que, naturalmente, todos os dias e em todas as casas, agem assim. Porque a propaganda não é condicionante.
Não é determinante.
Neste sentido, lembramos a colocação cristalina de Caio Domingues que numa palestra sobre "Código de Defesa do Consumidor", bem ponderou à platéia que a propaganda não impõe comportamentos à sociedade, porque a propaganda simplesmente espelha o comportamento da sociedade.
Ela flagra este comportamento.
Portanto, é profundamente contraditório punir o anúncio que retrata um comportamento que é, realmente, da sociedade. Existe na sociedade. Não é criado pelo anúncio."
Fonte: Site do Conar (http://www.conar.org.br/html/decisoes_e_casos/casos/cad4criancas_cas33.htm)
O TRABALHO DE MEDIAÇÃO É INDISPENSÁVEL
Quando se trata da relação entre a criança e a mídia, saber que se pode e se deve cobrar qualidade é fundamental. Atualmente as crianças não são apenas espectadores, mas também personagens de muitos produtos que a TV, o rádio, o cinema, a internet etc. oferecem. No passado a tendência era representar as crianças como ingênuas, em linguagem “tatibitate”, como se não tivessem opinião própria ou capacidade de refletir.
Quando se analisa a forma como a mídia retrata a criança percebe-se que ainda há a o reforço e a criação de estereótipos. Os segmentos sociais que sofrem preconceitos precisam ter sua realidade contextualizada. A equipe do LAPIC (Laboratório de Pesquisa sobre Infância, Imaginário e Comunicação da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo) informa que “o impacto de não aparecerem é ruim, porque parece que são exceções, e não fazem parte da vida das pessoas, especialmente os deficientes. A busca por aproximação dos modelos impostos pela mídia, que se transformam em objetos de desejo, por seu valor estético ou de consumo, pode gerar frustrações e revolta, desencadeando desajustes de naturezas diversas”.
A faixa de 0 a 6 anos, apesar de uns tempos para cá serem considerados como audiência efetiva, atualmente possui canais especialmente dirigidos a eles, com programas melhores, educativos e menos nocivos. De 7 a 12 anos são mais atingidos e começam a ter uma percepção mais apurada sobre os significados dos valores que regem a sociedade. Começa a questionar e refletir com mais independência. Para os pais é preocupante, pois começam a ter mais independências em suas escolhas, o que as deixa mais expostas a conteúdos muitas vezes impróprios, seja pelo bombardeamento de consumo ou na forma como aparecem na ficção.
É necessário constituir um sistema de produção mais responsável, mais empenhado em saber de fato quais são os direitos das crianças e os limites éticos para se tratar crianças na mídia, e que se tenha dimensão da importância desse público que ainda está em formação. Segundo os pesquisadores da LAPIC, soma-se a isso a necessidade de se travar um diálogo entre essa indústria cultural e a academia, que tem uma vasta e permanente produção de conhecimento sobre crianças e jovens. A produção destinada a esse público está mais preocupada em como transformar aqueles indivíduos em consumidores e adultos o mais rápido possível.
Fonte: Revista Nós da Escola - Ano 5 n°53 (2007) - MULTIRIO
Quando se analisa a forma como a mídia retrata a criança percebe-se que ainda há a o reforço e a criação de estereótipos. Os segmentos sociais que sofrem preconceitos precisam ter sua realidade contextualizada. A equipe do LAPIC (Laboratório de Pesquisa sobre Infância, Imaginário e Comunicação da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo) informa que “o impacto de não aparecerem é ruim, porque parece que são exceções, e não fazem parte da vida das pessoas, especialmente os deficientes. A busca por aproximação dos modelos impostos pela mídia, que se transformam em objetos de desejo, por seu valor estético ou de consumo, pode gerar frustrações e revolta, desencadeando desajustes de naturezas diversas”.
A faixa de 0 a 6 anos, apesar de uns tempos para cá serem considerados como audiência efetiva, atualmente possui canais especialmente dirigidos a eles, com programas melhores, educativos e menos nocivos. De 7 a 12 anos são mais atingidos e começam a ter uma percepção mais apurada sobre os significados dos valores que regem a sociedade. Começa a questionar e refletir com mais independência. Para os pais é preocupante, pois começam a ter mais independências em suas escolhas, o que as deixa mais expostas a conteúdos muitas vezes impróprios, seja pelo bombardeamento de consumo ou na forma como aparecem na ficção.
É necessário constituir um sistema de produção mais responsável, mais empenhado em saber de fato quais são os direitos das crianças e os limites éticos para se tratar crianças na mídia, e que se tenha dimensão da importância desse público que ainda está em formação. Segundo os pesquisadores da LAPIC, soma-se a isso a necessidade de se travar um diálogo entre essa indústria cultural e a academia, que tem uma vasta e permanente produção de conhecimento sobre crianças e jovens. A produção destinada a esse público está mais preocupada em como transformar aqueles indivíduos em consumidores e adultos o mais rápido possível.
Fonte: Revista Nós da Escola - Ano 5 n°53 (2007) - MULTIRIO
A CRIANÇA GANHA PAPEL DE DESTAQUE
Isso começou a acontecer quando o mercado passou a vê-la e comunicar-se com ela de forma direta, legitimando sua autonomia enquanto consumidora. A criança assume novo papel social e o próprio entendimento que se tem sobre infância e o que significa ser criança vai sofrendo transformações.
Sendo assim. Há um novo cenário sociocultural onde a criança é vista como cidadã de direitos e inserida no mercado de consumo como um nicho precioso. Um universo onde a criança não só é representada como poderosa e autônoma mas também onde tem seu acesso a ele cada vez mais livre e difícil de ser controlado.
Fonte: Revista Nós da escola - ano 5 n°53 (2007) - MULTIRIO
Sendo assim. Há um novo cenário sociocultural onde a criança é vista como cidadã de direitos e inserida no mercado de consumo como um nicho precioso. Um universo onde a criança não só é representada como poderosa e autônoma mas também onde tem seu acesso a ele cada vez mais livre e difícil de ser controlado.
Fonte: Revista Nós da escola - ano 5 n°53 (2007) - MULTIRIO
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